domingo, 6 de setembro de 2015

Ele tem o olhar no sinal do ombro dela e o nariz com farinha. Está a mastigar de boca aberta, obviamente deliciado.

E diz ela:

"Olha aí, não te babes!"

E riu-se, com o seu riso claro e a luz nos olhos de quem vê a alma do outro.

A manhã, clara e luminosa, envolvia os dois. Não existia mais ninguém no mundo, com certeza.

Rosa continuava a observar o companheiro, divertida, pensando que as horas melhores da nossa vida são as dos prazeres simples. E perguntou:

"Que ser és tu afinal, a comer com esses modos?"

E diz ele:

"Ó Rosinha, estou assim porque este pão a estalar com manteiga sabe à tua pele!"

E o sol iluminou-lhes mais os beijos.

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